quarta-feira, 27 de julho de 2011

Let's go to the mall


Aphex Twin - Windowlicker
Aphex Twin - Classics
Aphex Twin - Richard D. James Album
Aphex Twin - Come to Daddy
Aphex Twin - Hangable Auto Bulb
Aphex Twin - Drukqs (2cds)

Não sou o maior fã de música electrónica, mas este senhor vale mesmo apena ouvir. O ebay tem destas coisas, packs de 6 cds a preços surreais, e eu que nem tinha planeado adquirir nada por agora, fui incapaz de me conter perante um preço daqueles. É bom, assim ainda fico com uma colecção mais abrangente em termos de estilos, sendo que esta meia dúzia são os primeiros de pura electrónica.

domingo, 24 de julho de 2011

Hall of the fame - 3

Death In June - Rose Clouds of Holocaust

Death In June - Rose Clouds of Holocaust

Release: 1995
Genre: Neofolk
Label: New European Recordings
Producer: Douglas P. & Ken Thomas

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Trve Moments


A fotografia não é nenhum passatempo, mas de vez enquanto apanha-se coisas engraçadas. Esta é uma delas, quando andava a passear de noite em Veneza, apanhei este sítio, parecia um local de culto ou algum ritual, e ficou assim registado. Pode não ter qualidade mas eu adoro-a!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Super Bock Super Indie @ Meco parte 2

Capitulo 4 - Concertos

Depois de uma primeira parte de desabafos, porque entendi que estes problemas devam ser expostos, para que possívelmente alguém abra os olhos, vai se agora ao que interessa e à razão para que me desloquei lá e fiz estes sacrificios todos. Não me vou alongar muito para não tornar a leitura cansativa.

4.1 - Primeiro dia

Chegado ao recinto depois de muito desespero, dirigi-me ao palco edp para ver um pouco de The Glockenwise, já que a rádio Radar lhes faz tanta publicidade, tinha alguma curiosidade, mas rapidamente fiquei desiludido, pois se os Hives já são cópias de cópias, esta banda nem se fala, já não há paciência para estas bandas de garage rock.
Dirigi-me então ao palco principal, para ver uma banda que é portadora daqueles hypes estranhos que só em Portugal acontecem, os The Walkmen, revelaram-se então um valente bocejo, pois todas as músicas me pareceram iguais.
Chegadas as 21 horas, eis que se chega ao momento mais esperado da tarde/noite, os Tame Impala iam entrar em palco, são australianos e usam e abusam de delays, phasers, juntando-se o facto, de actuarem ao pôr do Sol, conseguiram criar um ambiente psicadélico incrível. Não faltaram momentos altos, como por exemplo em Solitude is Bliss, What won't Your Make up Your Mind? e Expectation, foram de facto irrepreensíveis e sem dúvida a actuação do dia.


Saltinho à tenda electrónica, pois aconselharam-me que Nicolas Jaar, poderia ser do meu interesse, e realmente foi uma grande surpresa, dub, minimal, e até acid jazz, foram a receita para me render.
Os próximos a seguirem foram os El Guincho, que apesar de terem uma música que me fica imenso no ouvido, tornam-se bastante aborrecidos para se ouvir em casa, ao vivo fica-se um pouco com melhor impressão, mas acho que por problemas técnicos, a actuação ficou sem o impacto que deveria ter.
Já actuação dos Beirut tinha começado, quando cheguei, são engraçados para se ouvir em determinadas alturas, mas ao vivo, soa um bocado mal, por vez julguei estar a ver a fanfarra da terrinha, o som pareceu-me desequilibrado, e mais não sei, que não fiquei com vontade de terminar e fui jantar.
Enquanto os cabeças de cartaz não começavam, mais uma investida flash para ir espreitar a Lykki Li, mais um flop.
Não que os fosse ver de propósito outra vez, mas tinha alguma curiosidade de voltar a ver Artic Monkeys, três discos depois, e outros tantos concertos por cá, após a estreia a que assisti no Paradise Garage, tinha um bocado curiosidade de ver a evolução desta banda. Deram um concerto competente, usando as suas armas, e safaram-se bem, apesar de momentos mais aborrecidos, claro que os momentos altos foram sem margem para dúvidas a melhor parte e as músicas que tiveram mais impacto.

4.2 Segundo dia

Apesar dos cabeças de cartaz serem algo de meter inveja a qualquer festival, a verdade é que o resto das bandas dava um pouco a sensação que foram ali metidas para encher chouriços, e o outro ponto de interesse seria ver o génio da música portuguesa Rodrigo Leão.
Começou-se as hostilidades com um concerto muito fraquito de uma tipica banda americana radio friendly os L.A..
Muita curiosidade havia para ver o Rodrigo Leão, e não era para mais, ia ver a mente brilhante por de trás da primeira fase dos Madredeus. A solo, adoro a parte instrumental, mas quando mete voz, fico um pouco de pé atrás, e isso voltou-se a confirmar ali. Resumindo apesar de não ter sido excepcional deu para entreter.
B-fachada, simplesmente mau, a voz entrou directamente para o top ten das coisas que mais detesto na música.
The Legendary Tiger Man, serviu para acompanhar as longas filas em busca de comida, blues competente mas que não me encanta.
Após corrida lá para frente, e passado alguns momentos de ansiedade, eis que os Portishead entram em palco, não sabia bem o que esperar, mas o certo é que fui surpreendido pela positiva, e assinalaram uma das prestações do festival, a voz da Beth, soa ainda mais emotiva e profunda ao vivo, é mesmo qualquer coisa de espectacular, a parte musical também esteve ao nível da voz, e desfilaram praticamente todas as suas melhores canção, se bem que para mim podiam tocar o Third todo, e souberam provocar uma viagem alucinante. Triste foi verificar, que a maior parte das pessoas que se afirma fã de Portishead, apenas conheça a Glory Box, já que a empatia entre o público e banda apenas se verificou aí e nos restantes temas do Dummy. Fiquei fascinado também com as imagens que passaram durante o concerto, que maravilha, foi como que ver o concerto de outra perspectiva.

De seguida, subiu ao palco a única banda que foi capaz de superar e em muito a actuação dos Portishead. Os Arcade Fire, são realmente uma máquina de palco, verdadeiros artistas, não são daquelas bandas que apesar de o publico estar completamente eufórico, actuam em velocidade de cruzeiro. A energia e a entrega, é de facto fascinante, e mesmo com alguns problemas técnicos, devido à deficiente mistura e equilíbrio dos instrumentos em palco, souberam dar uma actuação com uma potência de fazer corar qualquer banda de metal extremo "bué mauzão". O set constituiu-se por um desfilar de exitos da banda, com grande enfoque nos temas de Funeral (não esperava tantos, mas ainda bem) e em The Suburbs o novo álbum, músicas como Wake Up, Rebellions ( Lies), Ready to Start e The Suburbs ficaram monstruosas ao vivo, e ainda a ajudar o facto do público saber as letras de trás para a frente. O facto de os músicos andarem sempre a trocar de lugares quanto aos instrumentos, é outro ponto de interesse, e revela uma grande sincronização entre todos os elementos. De referir também a componente cénica, com uns bons videos em projecção. Não sei bem que dizer mais, todas as palavras me parecem insignificantes para descrever o que presenciei ali, vai de entrada directa para o meu top de concertos.

4.3 - Terceiro dia

Tirando o primeiro dia que foi equilibrado, este terceiro sofreu do mesmo problema do segundo, um cartaz com um único ponto de interesse os cabeças de cartaz. Tornou-se mais uma vez difícil saber o que ver, já que praticamente não fazia questão de ver nada.
Comecei por X-wife, são engraçados, dá para bater o pé e mais nada. Os Paus, provaram mais uma vez porque os detesto, cópia de Battles mas mesmo descarada, e ainda outro ponto negativo, as vozes, aqueles cânticos faziam dores de cabeça e abalei dali.
Brandon Flowers, gosto do primeiro álbum de The Killers, então fui ver o que este senhor era capaz de fazer a solo, constatei que nada se parece com a sua banda, e é um desfilar de rock para rádios, e dei por mim a bocejar.
Junip, para além dos Strokes, eram a outra banda que conhecia relativamente bem, e ao vivo revelaram-se uma boa surpresa, mais uma vez deu para viajar, ao som do seu post-rock com a voz muito boa de José Gonzalez, o qual fico à espera de uma actuação em nome próprio.
Ian Brown, vocalista do Stone Roses, e mais nada, vi de longe, mas do que me apercebi foi muito mau.
The Vaccines, apenas conhecia os singles, são agradáveis de ouvir até à quarta ou quinta música, e depois fartam pois sofrem do síndrome de "Eu quero ter uma banda como os Joy Division".
Chegados ao fim da noite, o cansaço e a paciência já não era muita, mas teria de se fazer um esforço para ver uma das minhas bandas favoritas, os The Strokes, não fazem nada de novo, mas o certo é que quando as coisas são bem feitas vale apena ouvir, e é o que se passa com eles, qualquer música tem potencial de ser single. Após ter tido a infelicidade de escolher um mau local para se começar o concerto, vi-me obrigado a voltar para trás, o que retirou um bocado de impacto. Apesar de a actuação ter sido competente, e o set ter sido bom, faltou qualquer coisa que à cinco anos atrás não faltou. A actuação acabou por saber a pouco apesar das dezassete ou dezoito músicas tocadas e nem um encore teve. Espero voltar a vê-los mas num recinto fechado, eles merecem outro tipo de ambiente.

Super Bock Super Indie @ Meco parte 1

Por onde começar? Nem sei, apesar dos bons concertos, a vontade de lá voltar é muito pouca, foram mais os aspectos negativos e do que os positivos.

Capitulo 1 - Transportes

Ao ler e ouvir, os apelos da Música no Coração aos festivaleiros para se deslocarem ao recinto através de transportes públicos, pensava eu que tinha uma boa rede disponível, então optei por ir no primeiro dia assim, assim que chego à estação de Coina, deparo-me com apenas um autocarro, para centenas de pessoas, e apenas um por hora! Simplesmente ridículo! Por sorte consegui entrar no primeiro que vi, mas fiquei com imensa pena das pessoas, que tiveram de ficar a esperar. De seguida mais uma aventura, a primeira metade da viagem correu bem, mas quando se chegou à outra parte, nem vos digo nada, quase duas horas para percorrer uns míseros seis km, e a juntar à festa, num autocarro atafulhado de gente, o senhor motorista teve a gentileza de desligar o ar condicionado, tornando-se um forno.
A segunda parte deste capitulo, é a vinda, confiando eu no bom senso da organização, julguei que haveria autocarros para Coina com regularidade, nem que fosse um por hora! Quando me deparo com a informação que só haveria às quatro horas da madrugada, ou seja foram quase duas horas de espera, referindo também que de pontualidade não tiveram nada... Posto isto, nem mais uma vez que ponho lá os pés de transportes públicos.

Capitulo 2 - Recinto

Já ia mais ou menos preparado para uma coisa tipo Sudoeste (sim eu já lá fui), mas para meu espanto, ainda é pior, mas mesmo mau, nunca tinha pisado um recinto em que o chão era constituído por areia de praia quase, o que tornava a deslocação entre palcos penosa, e ao fim do dia valiam uma valente dor de pernas.
Alguém falou em pó? Pensava, pois a composição do ar deixava de ser oxigénio, azoto, dióxido de carbono e outros gases, apenas, mas juntando à equação química o elemento pó. Quando li, que haveria melhorias no recinto, e baseado no que me tinham contado, pensei que este problema, apesar de naquele recinto ser impossível erradicar, pensei que ao menos estivesse controlado, ou seja mais uma extrema falta de consideração por parte da organização, que visivelmente se estão a "cagar" para as condições, preocupando-se apenas em encher os bolsos.
A planeza do recinto, também não abona em favor do festival, não sei se por estar mal habituado ao anfiteatro natural do Paredes de Coura, mas o certo é que no ano passado no Vagos realizado num campo de futebol, o palco estava sempre bem visível.
Os preços praticados no local eram normais para um festival, mas ouvi uma história que me deixou pasmado, no pseudo mercado do campismo, um garrafão de água custava cinco euros! Isso mesmo, a água quase ao mesmo preço do gasóleo, enfim...
Resumindo tenho saudades do tempo em que era feito em Sacavém, não havia pó, toda a gente via bem, e acima de tudo havia transportes decentes...

Capitulo 3 - Falta de civismo

É certo que um festival não é um jantar de gala, mas se as pessoas tivessem mais respeito umas pelas outras, era bem melhor. Ver concertos ao lado de espanhóis, é praticamente impossível, pois se a música está muito alta, eles não se vêem com meias medidas e tratam de passar o concerto a falar o mais alto possível, mas não é só daqui, já tive a oportunidade de experimentar isto em muitos concertos.
Outra lamentação, é facto de tudo o que fosse limite do recinto servir de casa de banho para o comum dos mortais sacar da pila e urinar ali ao pé de toda a gente, é certo que as casas de banho eram poucas, mas um pouco de respeito por quem estava à volta não era mal pensado, digo isto principalmente, porque durante o concerto de Strokes, numa zona cheia de gente a curtir o concerto, de repente um engraçadinho lembrou-se de mijar junto das chapas, e quando se deu por isso já era uma multidão, enquanto os seguranças assistiam pacatamente e até se riam, já para não falar do odor, que me obrigou a mudar de local.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Mesinha de cabeceira

Porque nem só de música se vive, às vezes também se lê, e para esta época vazia e sem emoção do ano, nada melhor para fugir aos dias quentes.
Apesar de infelizmente não ser um hábito que tenha, ando a tentar ler mais, e estabeleci uma meta para estas férias, esperando com isso que mude os meus maus hábitos de leitura durante o ano. 
Nesta rubrica vou mostrando o que se vai lendo por estas bandas, criticas não vão haver, que se para concertos e cds já não tenho muito jeito, quanto mais para livros, mas quem sabe um dia me arrisque, mas garanto que nõs próximos tempo pelo menos não.

Este já foi, é pequeno e tal, mas nada melhor para aquecer que um pequeno clássico do meu autor favorito Franz Kafka, Carta ao Pai.

E agora agora segue-se o Trainspotting de Irvine Welsh, sem nunca dispensar uma boa banda sonora, na aparelhagem com Sunn O))) e Blut Aus Nord.

domingo, 17 de julho de 2011

Discografia: Trap Them

Mais uma completa, é certo que faltam dois registos, que foram lançados sobre outro nome, portanto não contam, mas se um dia os achar faço questão de os adquirir.
Os Trap Them cada vez mais fazem parte das minhas bandas favoritas, têm vindo a crescer de álbum para álbum e por este andar vão ainda chegar longe. Apesar de terem ainda poucos anos de vida, já têm bastantes lançamentos e a prova está aqui.
São uma das bandas que mais quero ver e ouvir ao vivo, e infelizmente ainda não passaram cá pelo canto.


Trap Them & Extreme Noise Terror - split 7''
Trap Them - Cunt Heir To The Throne 7''
Trap Them - Filth Rations
Trap Them - Seizures in Barren Praise
Trap Them - Darker Handcraft
Trap Them - Sleepwell Desconstrutor
Trap Them - Séance Prime

Let's go to the mall


The Secret - Solve et Coagula
Arcade Fire - The Suburbs (CD + DVD + 2xMP3)
Trap Them - Cunt Heir To The Throne 7'' (limitado a 600)
The Black Dahlia Murder - Ritual (digipack)


terça-feira, 12 de julho de 2011

Um coreto alargado


Até que enfim volto a ir a um festival urbano de Lisboa, infelizmente estas coisas são sempre organizadas em épocas de exame, algo que nunca percebi, pois tendo em conta que grande parte da possivel população que vai a este tipo de eventos, é estudante, mas pronto, eles lá sabem...
Um reparo à organização, não ficava nada mal chamar a isto Super Bock Super Indie, ficava mais fiel... 
Quais as razões que me levam a este festival? Perguntam vocês, bem, são mais do que aquelas que saltam à vista, para além do óbvio que será rever The Strokes, o cartaz oferece-me a oportunidade de finalmente ver Arcade Fire, que provavelmente será a minha banda indie favorita, e Portishead, que também venero, mais ainda o último álbum o Third. Para além destas, tenho grande curiosidade em ver Beirut, Tama Impala (descobri esta semana e têm um album poderoso), El Guicho, Junip, Rodrigo Leão, The Walkmen, Elbow, também não me importo de rever Artic Monkeys, apesar de já não me dizerem nada, mas não devem desiludir ao vivo.  Depois o resto se for bom é bonús, pelo menos no último dia já tenho hora de jantar marcada, que será no concerto de Slash, o momento mais azeiteiro do festival.

Hall of the fame - 2

Godflesh - Streetecleaner

Godflesh - Head Dirt

Release: 1989
Genre: Industrial Metal
Label:  Earache
Producer: J. K. Broadrick, G. C. Green

Mais informações: Streetcleaner (album)

domingo, 10 de julho de 2011

James Blackshaw & Nancy Elizabeth @ Teatro Maria Matos



Em vésperas de exame, e após muito estudo durante o dia, mesmo com a ressaca do dia anterior com o concerto de Boris, lá fui eu aventurar-me até Lisboa outra vez. Como estive até à última hora a decidir se ia ou não, lá me atrasei mais uma vez, mas desta vez deparei-me com uma situação nova, cheguei e não me deixaram entrar logo, tive então de esperar que a primeira música acabasse. Assim que entrei, deparei-me logo com mudanças na sala, estava uma banca provisória em frente ao palco, que acabou por tirar a mística à sala e também conforto. Agora indo ao que interessa, enquanto o James esteve em palco sozinho, foi um grande concerto, tocando as suas composições, e levando-nos a viajar para fora daquela sala, esteve tudo impecável, desde a sua mestria nas doze cordas, até ao à vontade com o público, só faltando mesmo umas projecções na tela. De seguida, houve uma colaboração entre os dois artistas, que começaram por tocar músicas do reportório do James, e depois da Nancy, até aqui tudo bem, o pior veio depois quando o James abandonou o palco, infelizmente a senhora não tem tanta qualidade quanto o seu compatriota, e isso notou-se durante a sua actuação, se ao principio, ainda foi giro, conforme o concerto avançava, foi se tornando penoso, a voz muito aguda e mais gritada que cantada, tornou-se algo insuportável. O desinteresse era óbvio pois parte da plateia decidiu ir abandonando, no entanto fiz um sacrifício e acabou por valer apena, pois a razão pela qual eu lá estava voltou ao palco para um encore, bastante bom. 
No fim saí com uma sensação agridoce, talvez até desapontado, pois fui para uma coisa e saiu-me outra, enfim espero por uma melhor oportunidade.

Boris & Russian Circles @ Musicbox



No geral tours com mais que um nome relevante, nunca passam por cá, portanto, embora já tenha visto estas bandas, é natural que tenha sentido alguma ansiedade pelo momento. 
Os Russian Circles, foram os primeiros a entrar em palco (que eu vi), como já era a terceira vez que os ia ver, já sabia bem o que esperar, aquele ambiente característico e todo o virtuosismo controlado que caracteriza as a suas actuações, esteve lá, no entanto penso que tenha sido a prestação mais fraca  a que assisti, aquelas pausas longas entre músicas, quebraram imenso a sua actuação, fazendo com que a mística e a intensidade se acabasse por perder. Não há mais nada a dizer, pois foi tudo aquilo a que nos já habituaram, a única diferença residiu na performance de uma música nova, que foi bastante boa.

Setlist: 
Harper Lewis
Geneva
Youngblood
309 (nova)
Malko
Station
Death Rides a Horse

De seguida subiriam ao pequeno palco do Musicbox, os japoneses Boris, detentores de uma discografia vastíssima não só em quantidade como em diferentes estilos de música, o que faz com que não consigamos advinhar qual o possível set. Desta vez fomos brindados com um pouco de tudo, desde as descargas rockeiras, a passagens disco, indo aos ambientes shoegaze e dreampop e acabando pela decadência doom e drone. A actuação começou explosiva, mas teve momentos um pouco a desejar nomeadamente nas passagens disco, mas o fim compensou e de que maneira essa falha, ao tocarem duas das suas melhores faixas, a Missing Places e o colosso doom que é a Aileron, e que só há uma palavra que o possa descrever e é brutal, como resultado andei com dores no pescoço ainda durante dois dias. Os músicos estiveram bem, destacando-se como sempre o baterista Atsuo e desta vez também o guitarrista que os Boris trazem sempre consigo nas digressões, o Michio Kurihara, que não sei se foi por tar mais perto de mim ou não, mas o senhor impressionou-me com a sua técnica, basicamente solou do principio ao fim, e quando falo em solos não são aqueles azeiteiros das bandas comuns de metal, mas sim de pura magia e experimentalismo da guitarra.

Infelizmente já se começa a tornar hábito, mas as actuações de Boris em Lisboa parecem estar assombradas, se da outra vez a policia resolveu encurtar o espectáculo, desta vez parece que foi a banda que resolveu tocar menos duas musicas que nas restantes datas, devido ao cansaço. 
Outro ponto negativo, foi a falta de esclarecimento quanto à hora do concerto, não digo que foi isso que me fez perder a actuação de Saade, mas gerou-me alguma confusão. E já para não falar no calor sentido, que seria estar a bater no ceguinho...

Setlist:
Riot Sugar
8
Statement
Attention Please
Party Boy
Spoon
Missing Pieces
Aileron

terça-feira, 5 de julho de 2011

Hall of the fame

Vou inciar uma rubrica em que vou dar a conhecer, aqueles que foram os álbuns, que mais me marcaram, e também deixar a minha música favorita do respectivo álbum.

My Blood Valentine - Loveless

My Bloody Valentine - Sometimes

Realease: 1991
Genre: Shoegaze
Label: Creation
Producer: Kevin Shields, Colm Ó Cíosíg

Mais informações : Loveless (album)

domingo, 3 de julho de 2011

Próximos a ir ao coreto



No ano passado devastaram o Porto e de que maneira, e desta vez voltam para dar cabo de mais pescoços, e eu como bom menino lá vou reptir a dose. É na terça e vêm apresentar novo álbum, que está mesmo muito bom, e acho que após muitas audições já posso dizer que é um dos melhores trabalhos da sua carreira.
Tenho alguma curiosidade para ver a nova reencarnação dos Blacksunrise, que lançaram já este ano um novo cd, que está bastante interessante, e que se não fosse a produção acho que ouviria mais. Os Another Day Will Come, não conheço, e se chegar a horas espero que me surpreendam.

sábado, 2 de julho de 2011

Converge

Ainda me lembro da aventura que foi descobrir estes senhores, vi o clip da Fault and Frature na MTV, e curiosamente foi o único que não tinha nome, apesar da internet já estar mais que implementada no meu quoatidiano, a pesquisa foi um bocado dificil, primeiro tentei tudo o que aparecesse escrito nas partes em que focava só a banda (cheguei ao cúmulo de gravar o video numa vhs), depois tentei perceber partes da letra, mas era um bocado difícil, e por fim descobri um site que tinha uma base de dados para bandas de core, lá fui investigando as que não conhecia, até que dei com o nome Converge, a partir desse momento, foi só consumir exaustivamente a discografia, e acompanhar o crescimento desta banda, que já deixou uma grande marca no universo musical. Álbuns como o Jane Doe, You Fail Me, No Heroes e Axe to Fall, tornaram-se rápidamente em clássicos do género, e por exemplo a revista Decibel, colocou os 4 na lista dos melhores da década passada. Apesar de não tão marcantes, pelo menos para mim, os álbuns anteriores não deixam de ser bons, e conseguem sempre suplantar qualquer banda de hardcore. 
Ao longo de vinte anos já editaram sete lps, duas compilações, um dvds e ainda um sem número de eps, singles e splits, dão concertos memoráveis, cheios de energia, e parecem não querer parar e ainda bem, já andam a preparar novo álbum, e marcaram uns quantos concertos pela Europa, mas infelizmente desta vez não passam pelo nosso canto.
Sei que não tenho tudo, mas o que falta, é um bocado difícil de achar, ou então é bastante dispedioso. Aqui fica a minha colecção que já tem algumas coisas esgotadas, e ainda os dois bilhetes dos concertos que vi.


Da esquerda para a direita e posteriormente de cima para baixo, é esta a lista do que tenho:
Converge & Coalesce - Among the dead we pray for light 7''
Converge & Dropdead - split 7''
Converge - On my shield 7''
Converge - Carring and Killing
Converge - Petitioning the Empty Sky
Converge - When Forever Comes Crashing
Converge - Jane Doe
Converge - You Fail Me
Converge - No Heroes
Converge - Axe to Fall
Converge & Agorophobic Nosebleed - The Poacher Diaries
Converge & Hellchild - Deeper the Wound
Converge - The Long Road to Home Dvd


Como bonús, ficam aqui dois videos dos concertos a que fui, um na sauna Tuatara em Lisboa em 2008 e outro no Revolver Bar em Cacilhas em 2010.

Converge - The Saddest Day

Converge - Concubine / Dark Horse

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Balanço

Agora que passamos metade do nosso calendário, deixo-vos os álbuns que mais me agradaram durante estes seis meses, em formato de top 15, sem qualquer ordem.

Altar of Plagues - Mammal


                                                                Belong - Common Era


Boris - Heavy Rocks

Cave In - White Silence


                                             Dark Castle - Surrender To All Life Beyond Form


Deafheaven - Roads to Judah


Hexvessel – Dawnbearer

Jesu – Ascention 

Liturgy - Aesthethica

Necro Deathmort - Music of Bleak Origin

The Black Dahlia Murder - Ritual

Touché Amoré - Parting the Sea Between Brightness and Me

Trap Them - Darker Handcraft

True Widow - As High As the Highest Heavens and from the Center to the Circumference of the Earth

Young And In The Way - I Am Not What I Am

Muitos ainda estão para ouvir melhor, outros já estão dissecados totalmente, o engraçado e o principal objectivo disto, é ver se qual a diferença entre este e o de fim de ano. 
Tenho de refirir que não foram só estes que gostei, e muitos dos que ficaram de fora merecem menção, como é o caso dos novos de Aosoth, Blood Ceremony, Blut Aus Nord, Burzum, Dornenreich, Earth, Heretoir, Indian, Krallice, Inthyflesh,  Indian, Pentagram, Pulling Teeth, Thruston Moore, Tombs, Ulver, We are the Damned e Woods of Desolation. 
Também já há desilusões, mas não é o de Morbid Angel, apenas porque não espero nada deles, mas sim o novo de A Storm of Light, e o de Zombi, não que sejam maus, mas apenas porque esperava mais.
Ainda há muita coisa para descobrir, e como não consigo estar quieto, este top amanhã pode ser bem diferente. Quem tiver sugestões e quiser mostrar, é sempre bem vindo.

Kyuss @ Incrível Almadense

Mais uma banda que se reuniu para ganhar uns trocos para a sua reforma, é certo que agora é moda, mas eu e muitos outros agradecemos esta oportunidade de poder ver algumas bandas influentes do mundo da música, coisa que até à bem pouco tempo não seria pensável, tudo começou quando o senhor Garcia foi ao Roadburn fazer um set dedicado a Kyuss, desde aí foi necessário apenas uns pequenos passos, para que toda a banda se reunisse, todos excepto o Josh Homme (falando apenas da formação clássica), e começarem a actuar sobre a designação de Kyuss lives!, para mim esse nome não existe, isto porque já vi imensas bandas tocarem sem a maior parte dos seus elementos fundadores e até algumas sem nenhum, portanto para mim são os Kyuss. 
Indo ao que interessa, o concerto, a expectativa era alguma, e não era para menos, estes senhores foram os autores de um dos meus álbuns favoritos de sempre o Welcome to the Sky Valley.  
A primeira parte esteve a cargo dos portugueses Miss Lava, que quando cheguei já estavam a sair do palco, confesso que não foi de propósito que fiz isto, mas ultimamente não tenho conseguido cumprir horários em relação a concertos, e já se começa a tornar um mau hábito. 
Depois de uma espera longa e desconfortável devido ao calor que se fazia sentir na sala, lá entraram em palco a nova reencarnação dos Kyuss, constituída por John Garcia, Brant Bjork, Nick Oliveri e o desconhecido Bruno Fevery. Começaram bem ao tocarem logo a faixa Gardenia, prometendo uma actuação explosiva, e que de facto foi até mais ou menos a meio do concerto, a partir daí, talvez devido ao calor que me tirava um bocado a atenção, houve momentos em que fiquei perdido, pois a actuação ficou algo monotona, e ainda cheguei a temer o pior quando o Garcia esteve uns quantos minutos fora do palco, mas lá para fim a vontade de estar ali voltou. O som ao longo do concerto esteve sempre mal, pareceu me saturado demais, os graves estavam bastante altos, o que dificultava por vezes a audição da bateria e até da voz. Apesar de uma setlist forte, faltaram algumas pérolas, e foi óbvia a falta da Demon Cleaner. 
Dado o passado destes senhores esperava outra atitude da banda, é certo que já não têm a mesma vitalidade de quando tinham vinte anos, mas o certo é que a sua presença em palco não  me conseguiu contagiar. O facto mais negativo da noite foi mesmo o guitarrista, que deu uns valentes "pregos" principalmente em solos. O ambiente esse era de puro histerismo, o pessoal vibrava completamente, andava tudo aos pulos, palminhas e no mosh, ou eu estou a ficar velho para estas coisas, ou meu criticismo está a ficar maior (modo convencido off). 
Não se pode dizer que tenha sido um mau concerto de todo, mas também não foi genial como já li, o que é certo é que às vezes é mais o público que faz a festa em vez da banda, portanto não me convenceram e se voltarem cá e o preço for novamente este, vou pensar duas vezes quando for altura de ir.

Fica aqui a setlist, que pelo que li foi encurtada em dois temas que estavam previstos:

1. Gardenia
2. Hurricane
3. Thumb
4. One Inch Man
5. Conan Troutman
6. Freedom Run
7. Asteroid
8. Supa Scoopa and Mighty Scoop
9. Fatso Forgotso
10. Odyssey
11. Spaceship Landing
12. Whitewater
13. El Rodeo
14. 100°
Encore
15. Green Machine

E já agora um video com má qualidade sonora mas foi o que se arranjou pelo youtube.