domingo, 10 de julho de 2011

Boris & Russian Circles @ Musicbox



No geral tours com mais que um nome relevante, nunca passam por cá, portanto, embora já tenha visto estas bandas, é natural que tenha sentido alguma ansiedade pelo momento. 
Os Russian Circles, foram os primeiros a entrar em palco (que eu vi), como já era a terceira vez que os ia ver, já sabia bem o que esperar, aquele ambiente característico e todo o virtuosismo controlado que caracteriza as a suas actuações, esteve lá, no entanto penso que tenha sido a prestação mais fraca  a que assisti, aquelas pausas longas entre músicas, quebraram imenso a sua actuação, fazendo com que a mística e a intensidade se acabasse por perder. Não há mais nada a dizer, pois foi tudo aquilo a que nos já habituaram, a única diferença residiu na performance de uma música nova, que foi bastante boa.

Setlist: 
Harper Lewis
Geneva
Youngblood
309 (nova)
Malko
Station
Death Rides a Horse

De seguida subiriam ao pequeno palco do Musicbox, os japoneses Boris, detentores de uma discografia vastíssima não só em quantidade como em diferentes estilos de música, o que faz com que não consigamos advinhar qual o possível set. Desta vez fomos brindados com um pouco de tudo, desde as descargas rockeiras, a passagens disco, indo aos ambientes shoegaze e dreampop e acabando pela decadência doom e drone. A actuação começou explosiva, mas teve momentos um pouco a desejar nomeadamente nas passagens disco, mas o fim compensou e de que maneira essa falha, ao tocarem duas das suas melhores faixas, a Missing Places e o colosso doom que é a Aileron, e que só há uma palavra que o possa descrever e é brutal, como resultado andei com dores no pescoço ainda durante dois dias. Os músicos estiveram bem, destacando-se como sempre o baterista Atsuo e desta vez também o guitarrista que os Boris trazem sempre consigo nas digressões, o Michio Kurihara, que não sei se foi por tar mais perto de mim ou não, mas o senhor impressionou-me com a sua técnica, basicamente solou do principio ao fim, e quando falo em solos não são aqueles azeiteiros das bandas comuns de metal, mas sim de pura magia e experimentalismo da guitarra.

Infelizmente já se começa a tornar hábito, mas as actuações de Boris em Lisboa parecem estar assombradas, se da outra vez a policia resolveu encurtar o espectáculo, desta vez parece que foi a banda que resolveu tocar menos duas musicas que nas restantes datas, devido ao cansaço. 
Outro ponto negativo, foi a falta de esclarecimento quanto à hora do concerto, não digo que foi isso que me fez perder a actuação de Saade, mas gerou-me alguma confusão. E já para não falar no calor sentido, que seria estar a bater no ceguinho...

Setlist:
Riot Sugar
8
Statement
Attention Please
Party Boy
Spoon
Missing Pieces
Aileron

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