quinta-feira, 21 de julho de 2011

Super Bock Super Indie @ Meco parte 1

Por onde começar? Nem sei, apesar dos bons concertos, a vontade de lá voltar é muito pouca, foram mais os aspectos negativos e do que os positivos.

Capitulo 1 - Transportes

Ao ler e ouvir, os apelos da Música no Coração aos festivaleiros para se deslocarem ao recinto através de transportes públicos, pensava eu que tinha uma boa rede disponível, então optei por ir no primeiro dia assim, assim que chego à estação de Coina, deparo-me com apenas um autocarro, para centenas de pessoas, e apenas um por hora! Simplesmente ridículo! Por sorte consegui entrar no primeiro que vi, mas fiquei com imensa pena das pessoas, que tiveram de ficar a esperar. De seguida mais uma aventura, a primeira metade da viagem correu bem, mas quando se chegou à outra parte, nem vos digo nada, quase duas horas para percorrer uns míseros seis km, e a juntar à festa, num autocarro atafulhado de gente, o senhor motorista teve a gentileza de desligar o ar condicionado, tornando-se um forno.
A segunda parte deste capitulo, é a vinda, confiando eu no bom senso da organização, julguei que haveria autocarros para Coina com regularidade, nem que fosse um por hora! Quando me deparo com a informação que só haveria às quatro horas da madrugada, ou seja foram quase duas horas de espera, referindo também que de pontualidade não tiveram nada... Posto isto, nem mais uma vez que ponho lá os pés de transportes públicos.

Capitulo 2 - Recinto

Já ia mais ou menos preparado para uma coisa tipo Sudoeste (sim eu já lá fui), mas para meu espanto, ainda é pior, mas mesmo mau, nunca tinha pisado um recinto em que o chão era constituído por areia de praia quase, o que tornava a deslocação entre palcos penosa, e ao fim do dia valiam uma valente dor de pernas.
Alguém falou em pó? Pensava, pois a composição do ar deixava de ser oxigénio, azoto, dióxido de carbono e outros gases, apenas, mas juntando à equação química o elemento pó. Quando li, que haveria melhorias no recinto, e baseado no que me tinham contado, pensei que este problema, apesar de naquele recinto ser impossível erradicar, pensei que ao menos estivesse controlado, ou seja mais uma extrema falta de consideração por parte da organização, que visivelmente se estão a "cagar" para as condições, preocupando-se apenas em encher os bolsos.
A planeza do recinto, também não abona em favor do festival, não sei se por estar mal habituado ao anfiteatro natural do Paredes de Coura, mas o certo é que no ano passado no Vagos realizado num campo de futebol, o palco estava sempre bem visível.
Os preços praticados no local eram normais para um festival, mas ouvi uma história que me deixou pasmado, no pseudo mercado do campismo, um garrafão de água custava cinco euros! Isso mesmo, a água quase ao mesmo preço do gasóleo, enfim...
Resumindo tenho saudades do tempo em que era feito em Sacavém, não havia pó, toda a gente via bem, e acima de tudo havia transportes decentes...

Capitulo 3 - Falta de civismo

É certo que um festival não é um jantar de gala, mas se as pessoas tivessem mais respeito umas pelas outras, era bem melhor. Ver concertos ao lado de espanhóis, é praticamente impossível, pois se a música está muito alta, eles não se vêem com meias medidas e tratam de passar o concerto a falar o mais alto possível, mas não é só daqui, já tive a oportunidade de experimentar isto em muitos concertos.
Outra lamentação, é facto de tudo o que fosse limite do recinto servir de casa de banho para o comum dos mortais sacar da pila e urinar ali ao pé de toda a gente, é certo que as casas de banho eram poucas, mas um pouco de respeito por quem estava à volta não era mal pensado, digo isto principalmente, porque durante o concerto de Strokes, numa zona cheia de gente a curtir o concerto, de repente um engraçadinho lembrou-se de mijar junto das chapas, e quando se deu por isso já era uma multidão, enquanto os seguranças assistiam pacatamente e até se riam, já para não falar do odor, que me obrigou a mudar de local.

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